sexta-feira, 17 de junho de 2011

Realizada reunião para definir funcionamento do aterro sanitário de Valença


Uma importante reunião foi realizada nesta quarta-feira (15) na Câmara de Vereadores de Valença para tratar da ativação do aterro sanitário do município. Convidados pelo Conselho de Defesa do Meio Ambiente (Codema), técnicos da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e a Secretaria de Meio Ambiente de Valença discutiram uma fórmula de desobstruir o gargalo que impediu até agora o funcionamento do equipamento. Segundo a Conder, foram gastos cerca de 1,5 milhões na construção do aterro e a sua revitalização custará cerca de R$ 400 mil. A projeção para o uso do aterro é de 15 anos, levando-se em conta o descarte de 66 toneladas de lixo por dia. Porém, a ativação do equipamento precisa primeiramente passar pela liberação de licenciamentos ambientais.
 
Para a direção do Codema, o aterro sanitário de Valença encontra-se em local inadequado, possui diversas irregularidades como estar muito próximo do aeroporto e localizado na entrada da cidade. Outra preocupação dos membros do Conselho diz respeito às questões ambientais, como uma possível contaminação do lençol freático. Também, o Codema chama a atenção da possibilidade de o aterro se transformar em um novo lixão. Como sugestão, foi pensado a construção de um novo aterro sanitário em outra área menos conflitante.
 Para Márcia Trócoli, coordenadora de resíduos sólidos da Conder, não existe local ideal para a construção de aterros sanitários, mas algo tem que ser pensado. Para ela, a sociedade tem que fiscalizar a utilização do equipamento e o município, utilizar de forma adequada. 

Para a secretária de Meio Ambiente de Valença, Ana Paula, a ativação do aterro sanitário de Valença é de primordial importância, pois o lixão do Orobó, local de descartes do lixo do município, encontra-se com a sua capacidade exaurida. “ Precisamos entender que ali existem pessoas que sobrevivem do lixo, temos um rio e muita degradação”. Também, sobre a sugestão de um novo aterro, feita pelo Codema, a Conder disse que isso agora só seria possível através de um consórcio entre os municípios da região. “Acho complicado administrar um aterro consorciado”, admitiu Ana Paula.

O vereador Reginaldo Araújo, destacou o trabalho dos vereadores em relação ao meio ambiente, inclusive com a aprovação de projetos importantes para o setor. Em um momento de discussão acalorada, o vereador perguntou aos membros do Codema qual a sugestão do destino final de descarte dos resíduos do município. Também o vereador ponderou que o aterro seja colocado imediatamente em funcionamento e que um novo local comesse a ser pensado para a construção de um novo equipamento.

As justificativas da Conder para a escolha do local do aterro sanitário de Valença seriam a proximidade do centro urbano e estrada em condições ideias de uso. Segundo Clériston Oliveira, chefe da Unidade de Projetos e Controle Ambiental da Conder, todo o projeto foi pensado e a sua execução buscou atender todas as condições para que o equipamento funcione de forma adequada, sem agredir o meio ambiente.

Em 1997, a Caixa Econômica Federal (CEF) lançou um programa com abertura de crédito direcionado a construção de aterros sanitários no Estado da Bahia. Em 1998 foram apresentados dez projetos, um deles para Valença. No primeiro momento o município ficou de fora, mas em uma nova proposta, o aterro sanitário foi aprovado. Segundo Márcia Trócoli, o prazo para a escolha e início da construção do aterro dado a Valença foi de apenas três meses. Em 2003 o equipamento estava com mais de 90% de suas obras concluídas.

Ao final da reunião, os conselheiros do Codema admitiram que a situação do lixo do município é delicada e se comprometeram a cooperar com a Secretaria de Meio Ambiente de Valença e a Conder na busca de soluções. Como sugestão, a Conder orientou aos membros do Conselho que fiscalize a utilização do aterro e denuncie possíveis irregularidades.

A reunião contou com a participação da secretária de Meio Ambiente de Valença, Ana Paula Souza Pereira; Cláudia Santos da Silva, presidente do Codema, Carlos Oliveira, tesoureiro. Representando a Conder estavam lá: Márcia Trócoli, Coordenadora de Resíduos Sólidos; Luciano Alvim, engenheiro civil; Clériston Oliveira, chefe da Unidade de Controle Ambiental; Quize Maia, engenheira sanitarista e Evanildo Brito, urbanista. Também compareceram os vereadores Reginaldo Araújo e Jairo Baptista.

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